ARTIGO 666!

Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e sobre os chifres, dez diademas, e sobre as cabeças, nomes de blasfêmias. A besta que vi era semelhante ao leopardo, com os pés como de urso e a boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: quem é semelhante à besta?”


Muitos já ouviram falar da famosa, polêmica e diabólica combinação numérica 666. Narrada pela própria Bíblia como o número do diabo, a combinação já foi tema de filmes, músicas, pesquisas e estudos.

A verdade é que depois de filmes como A Profecia (The Omen, 1976), que associa diretamente o 666 com o nascimento do anti-Cristo, a idéia de que os três números são uma espécie de código do mal passou a fazer parte do consciente coletivo. Pensando (e também tendo dúvida) nisso, o Boca do Inferno resolveu então fazer o 666º artigo sobre o Número da Besta.


Alfabeto Numérico

O antigo alfabético hebraico, que era usado na época de Cristo, era formado por 22 letras diferentes. Cada caractere era associado com um número, sucessivamente de 1 até 9, e depois 10, 20, 30, etc. passando para 100, 200, 300, até 400, que era a vigésima segunda letra. Veja abaixo um gráfico desse antigo alfabeto:



Algumas teorias defendem que 666 representa o nome, ou título, de uma pessoa específica. Alguns historiadores defendem que 666 se relaciona com o imperador romano Nero César, que teria, de acordo com a lenda, exilado o apóstolo João. Utilizando o antigo alfabeto hebraico, é possível fazer a combinação com as letras que formam o nome do imperador.

Nero César (em hebraico Nrwn Qsr "Neron Qesar") assume o seguinte valor no alfabeto hebraico:

r + s + q + n + w + r + n
666 = 200 + 60 + 100 + 50 + 6 + 200 + 50

Outra possível ligação do 666 com o império romano está ligado ao sistema de algarismos romanos, no qual os números são compostos por múltiplos de 1 e 5 nas unidades, dezenas e centenas. Assim, a marca do império romano provém da simples utilização dos números I, V, X, L, C e D; respectivamente 1 + 5 + 10 + 50 + 100 + 500 (666).


Curiosidades:

- O termo Hexakosioihexekontahexafobia é utilizado para definir pessoas que têm medo do número 666.
“ Marquei um X, um X, um X no seu coração” da Xuxa. A letra X pronunciada em português seria XIS, lendo de trás para frente vira SIX que em inglês é 6. Então SIX,SIX,SIX = 666.

- Os possíveis significados satânicos do 666 já inspiraram diversos músicos a escreverem canções referentes ao assunto. A banda Iron Maiden lidera o topo da lista com a clássica The Number Of The Beast. Outros grupos de heavy metal que também criaram músicas baseadas na numeração foram: Drowned, com By The Grace Of Evil; Dimmu Borgir, com Enthrone Darkness Triumphant; Anvil, com Metal On Metal; Brujeria, com Sèis sèis sèis; Dark Funeral, 666 Voices Inside; Helloween, com The Dark Ride.


Cristianismo

Esse misterioso número sempre criou diversas especulações entre estudiosos da Bíblia, religiosos e curiosos. É importante observar que todos os livros que formam a Sagrada Escritura possuem números. Também é bastante interessante observar que alguns numerais possuem significados simbólicos dentro dos textos e parábolas que formam a Bíblia.

O número sete, mencionado 323 vezes, simboliza a perfeição e tem ligação direta com Deus, Seu poder e Seu governo. O mundo foi criado em sete dias, nos quais o sétimo foi abençoado pelo próprio Criador como dia sagrado, inteiramente pertencente a Ele.
Já o número seis, mencionado 92 vezes na Bíblia, se relaciona com o homem, sua natureza, imperfeição e seu destino. A Bíblia diz que o homem foi criado no sexto dia, e a partir dali, o número foi sempre símbolo representativo do caráter e da natureza humana.
Repleto de metáforas e simbolismos, os textos que formam o Apocalipse, escritos pelo apóstolo João, têm uma grande importância dentro da história da tradição judaico-cristã-islâmica ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o aparecimento da Besta, o céu, o inferno e outras tragédias que culminariam no fim do mundo. É neste livro, que faz parte do Novo Testamento Bíblico, que o 666 é visto como uma referência direta ao mal.

"Conseguiu que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, tivessem um sinal na mão direita e na fronte, e que ninguém pudesse comprar ou vender, se não fosse marcado com o nome da fera ou o número de seu nome. Eis aqui a sabedoria! Quem tiver inteligência, calcule o número da fera, porque é o número de um homem, e esse número é seiscentos e sessenta e seis." Apocalipse 13:16-18


As duas grandes bestas

Nesse capítulo, encontramos descritas duas grandes bestas. A primeira sai do mar (Apocalipse 13:1); a segunda, da terra (Apocalipse 13:11). À primeira, foi-lhe dado poder para pelejar "contra os santos e os vencer" (Apocalipse 13:7). E a segunda proíbe que alguém possa comprar ou vender se não tiver a marca da besta. (Apocalipse 13:17). Para você compreender melhor, veja como João descreve a primeira besta:
"Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e, sobre os chifres, dez diademas, e sobre as cabeças, nomes de blasfêmias. A besta que vi era semelhante ao leopardo, com os pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta; e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: quem é semelhante à besta?
Quem pode pelejar contra ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmia contra Deus, para Lhe difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no Céu. Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo".

essa besta tem as seguintes características:

  1. É um poder religioso e recebe adoração dos homens. "Adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida"
  2. Também é um poder político de alcance mundial. "Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação."
  3. Num momento da História, perdeu o poder. Mas hoje impõe respeito e admiração mundial. "Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada."
  4. Blasfema contra Deus. "Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias."
  5. Persegue o povo de Deus. "Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse."
  6. Seu poder dura 42 meses, que, em linguagem profética, equivale a 1260 anos (42 x 30 = 1260). "Foi-lhe dada autoridade para agir 42 meses.
A segunda besta

Continuemos agora com a descrição que o Apocalipse faz da segunda besta:

"Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre à terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;
e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que, não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta, ou o número de seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é o número de um homem; ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis."

característica da segunda besta:

  1. É um poder que, no início, fala como cordeiro; mas, depois, fala como dragão. O cordeiro é símbolo de Jesus. O sacrifício do Cordeiro é o centro do evangelho que Cristo veio ensinar. Quer dizer que esse foi um poder cristão no início de sua existência, mas depois algo aconteceu, pois passou a falar como dragão.
  2. Esse poder coloca toda sua força a serviço da primeira besta. faz com que a Terra e os seus habitantes adorem a primeira besta. Esse poder não exige adoração para si, mas para a primeira besta.
  3. É um poder que deslumbra. Faz até "cair fogo do céu" diante dos homens.
  4. É um poder que além de dar força á primeira besta, exige obediência a uma imagem desta. Imagem é algo que se parece com o original, mas não é.
  5. É um poder que dá força à imagem e até decreta a morte para os que não a adorarem.
  6. Ordena colocar a marca da besta sobre todas as pessoas, a fim de que aquele que não tiver a marca não possa comprar, nem vender.


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